O que é o Arquivo 4111 do Banco Central e por que ele importa para sua fintech

Se você está construindo (ou já opera) uma fintech que atua com serviços financeiros regulados, especialmente com Pix, precisa conhecer esse nome: arquivo 4111.

Esse arquivo é enviado diariamente ao Banco Central do Brasil por instituições participantes diretas do arranjo Pix, e carrega os saldos contábeis de todas as contas mantidas pela instituição. Pode parecer apenas um detalhe técnico, mas é uma das engrenagens mais importantes de toda a estrutura regulatória.

Neste artigo, explico de forma prática e objetiva o que é esse arquivo, quem precisa enviar, o que ele exige e como se preparar para lidar com ele sem dor de cabeça.


Pra que serve o arquivo 4111?

Ele é uma obrigação regulatória que tem como objetivo garantir que o Banco Central tenha, diariamente, uma visão clara e estruturada dos saldos das contas operadas por instituições que atuam diretamente no Pix.

Na prática, ele funciona como um “espelho contábil” que mostra:

  • O saldo disponível e o saldo contábil de cada conta

  • A titularidade dessas contas (CPF/CNPJ)

  • O tipo de conta (transacional, técnica, garantidora etc.)

  • O status atual da conta (ativa, bloqueada, encerrada)

Tudo isso precisa estar preciso e validado, dentro do modelo XML definido pelo BCB.


Quem precisa enviar?

Esse arquivo é obrigatório para instituições que:

  • São participantes diretos do Pix

  • Atuam como liquidantes

  • Mantêm contas de pagamento ou contas transacionais

  • Têm conta de liquidação ou reserva no Bacen

Ou seja, se sua operação inclui manter saldo segregado, você precisa prestar contas todo dia.


Como é o envio?

  • Formato: XML, validado por um schema XSD oficial

  • Canal: Sistema de Transferência de Arquivos (STA)

  • Frequência: Diária

  • Prazo: Até as 8h30 da manhã do dia seguinte à data de referência

  • Nome técnico: Documento 4111 – Saldos Contábeis Diários


E o que acontece se eu não enviar?

Simples: você está descumprindo uma obrigação regulatória, e isso pode gerar:

  • Advertências formais

  • Multas administrativas

  • Risco de suspensão ou sanção da sua operação

  • Problemas com bancos parceiros, PSTIs e credores

Além disso, vale lembrar que o Banco Central pode cruzar os dados enviados com o que está registrado no SPI e no DICT. Ou seja, inconsistência pega mal.


Como estruturar isso do jeito certo

Você precisa garantir que o seu sistema:

✅ Mantenha saldo contábil e disponível separados

✅ Identifique cada conta com um ID único + CPF/CNPJ

✅ Atualize os saldos corretamente a cada movimentação

✅ Gera o XML automaticamente com base em dados reais

✅ Valide o arquivo com o schema XSD antes do envio

✅ Mantenha trilha de auditoria para cada versão enviada


Lá na Alphacode, resolvemos isso com o Mosaico Banking

Nossa solução de core bancário modular já vem pronta para lidar com todas essas exigências. Temos estrutura de saldo segregado, APIs para controle contábil e relatórios que batem direto com o que o BCB exige.

Inclusive, vários dos nossos clientes já usam essa estrutura para estar em conformidade com o envio do 4111, APIX001 e outros arquivos regulatórios.

Se você quer montar sua fintech com responsabilidade técnica e visão de longo prazo, essa estrutura precisa estar desde o começo.

Se quiser conversar sobre isso, é só me chamar.

Segurança no Banking as a Service: o que você precisa considerar antes de lançar sua fintech

Quando falamos de segurança no BAAS, não estamos tratando apenas de firewall ou criptografia. Trata-se da confiança do seu cliente na operação — e da sobrevivência da sua fintech.

Nos últimos anos, o modelo de Banking as a Service (BAAS) tem viabilizado uma nova geração de empresas oferecendo serviços financeiros sob medida — sem precisar montar um banco tradicional. É um modelo poderoso, flexível e estratégico para varejistas, marketplaces, plataformas e fintechs.

seguranca no baas

Mas junto com a oportunidade, vem a responsabilidade. E tem um ponto que, infelizmente, ainda é negligenciado por muitos empreendedores que querem entrar nesse mercado: a segurança da informação.

Nesse artigo, eu quero abordar esse tema com profundidade — trazendo uma visão realista sobre os riscos, as boas práticas e, principalmente, o papel da rastreabilidade como elemento-chave em qualquer projeto sério de BAAS.


BAAS lida com dinheiro e dados críticos. Isso muda tudo.

Quando você cria um app de delivery, um e-commerce ou uma plataforma de serviços, os riscos estão principalmente na performance, na experiência do usuário e na operação.

Agora, quando você cria uma fintech — ainda que operando em modelo white-label com apoio de parceiros — você passa a lidar com:

  • Saldos de contas vinculadas ao CPF do cliente

  • Transações financeiras com valores reais

  • Dados de documentos, contratos e autorizações

  • Pix, boletos, CCBs e até limites de crédito

  • Processos de autenticação, senha e segurança

Não importa se a liquidação é feita por um banco parceiro ou se o app foi desenvolvido sob licença: a responsabilidade sobre a integridade dos dados e a segurança da operação é sua.


Quais são os riscos mais comuns em soluções BAAS?

Se eu tivesse que listar os erros mais recorrentes que vejo em projetos que tentam “cortar caminho”, eles seriam:

  • Falta de controle de acesso por perfil (qualquer pessoa acessa tudo)

  • Ausência de autenticação em APIs sensíveis

  • Dados de saldo armazenados em cache, sem consistência transacional

  • Falta de logs detalhados e rastreáveis

  • Backups inexistentes ou manuais

  • Deploys em servidores compartilhados, sem isolamento por instância

  • Requisições vulneráveis a manipulação direta (testes com Postman revelam falhas)

E o pior: boa parte desses problemas só aparece quando o negócio começa a escalar. Quando chegam mil usuários, o sistema quebra. E aí a confiança já foi embora.

Segurança no BAAS vai além da tecnologia: trata-se de responsabilidade

Muita gente pensa que segurança é só “proteger contra hackers”. Mas na prática, a maior parte dos problemas reais que uma fintech enfrenta são operacionais, e não ataques externos.

É por isso que eu sempre bato na tecla da rastreabilidade. Um sistema financeiro sem rastreabilidade é uma bomba-relógio.

Você precisa ser capaz de responder perguntas como:

  • Quem iniciou essa transação?

  • Que IP acessou essa conta?

  • Quem alterou o status desse pagamento?

  • Essa operação foi processada quando? Por quem?

  • Houve rollback? Por quê?

Isso não serve só para auditoria. Serve para que você possa confiar na sua própria operação. E para que os parceiros e reguladores confiem também.


O que é uma boa rastreabilidade em projetos BAAS?

  • Cada movimentação de saldo deve gerar um log completo com ID do usuário, horário exato e parâmetros da requisição

  • As trilhas de auditoria devem ser armazenadas fora do ambiente de produção (por exemplo, em serviços de log criptografado ou banco separado)

  • Operações críticas (alteração de dados, reversões, estornos) devem ter autenticação reforçada e logs assinados

  • Integrações com PSTIs, bancos liquidantes e parceiros de crédito devem ser documentadas e monitoradas

  • Logs devem ser imutáveis, criptografados e auditáveis

A rastreabilidade é a linha que separa uma fintech confiável de uma operação frágil.


Como tratamos isso na Alphacode

Na Alphacode, a gente não entrega apenas um “sistema com tela bonita”. A gente entrega a estrutura que sustenta operações financeiras robustas, escaláveis e com total responsabilidade técnica.

O nosso Mosaico Banking é um core bancário modular que já vem com:

  • Controles de acesso por perfil e por rota

  • Logs detalhados por tipo de transação

  • Backup automático com replicação segura

  • Ambiente separado por cliente, com isolamento real

  • Integração com PSTIs homologadas

  • Conectividade com sistemas como SPI, DICT, CIP e registradoras

Além disso, a gente entende que o projeto precisa atender não só à parte técnica, mas também aos padrões esperados por bancos parceiros, auditorias e reguladores.


Conclusão

Montar uma fintech ou oferecer serviços financeiros em sua empresa é uma oportunidade real de gerar receita recorrente, fidelização e inovação. Mas essa oportunidade exige maturidade técnica.

Não dá para brincar com dados de pagamento.

E se você está nesse caminho, eu recomendo fortemente começar sua estrutura com rastreabilidade, segurança e controle. Porque escalar com base em improviso pode custar muito caro depois.

Se quiser trocar ideias sobre seu projeto, entender melhor como o Mosaico pode ser implantado com segurança ou revisar a arquitetura da sua fintech, é só me chamar.

Vai ser um prazer ajudar.

Meu BC: Inovação e Praticidade no Acesso aos Serviços do Banco Central

Se você, como eu, está sempre em busca de ferramentas que facilitem o acompanhamento da vida financeira, vai gostar das novidades do portal Meu BC.

A partir de agora, esse portal do Banco Central está ainda mais acessível e prático, agregando novos serviços para ajudar cidadãos como nós a gerenciar suas finanças com mais eficiência.

Novidades do Portal Meu BC

Lançado originalmente em 2023, o Meu BC já se consolidou como um recurso essencial para quem precisa acessar serviços financeiros fornecidos pelo Banco Central. A grande novidade, no entanto, é a criação de uma área logada que centraliza informações pessoais e confidenciais. Isso facilita nosso acesso a uma série de serviços importantes, como o Sistema de Valores a Receber (SVR), registro de reclamações e solicitações de informação, a famosa Calculadora do Cidadão, e muito mais.

Agora, ao entrar no portal, serviços antes escondidos atrás de múltiplos cliques estão lá, na primeira tela. É o caso do **Registrato**, onde podemos acessar relatórios sobre Chaves Pix, Empréstimos e Financiamentos, Contas em banco, Câmbio, Transferências Internacionais e Cheques Sem Fundos de maneira muito mais simplificada.

Um exemplo do impacto desse acesso otimizado é o relatório de Empréstimos e Financiamentos (SCR), que foi emitido mais de treze milhões de vezes em 2024. **Isso demonstra o quanto essa ferramenta é essencial no monitoramento financeiro.**

Central de Autorizações: Compartilhando Responsabilidades

O Banco Central também introduziu a Central de Autorizações, permitindo que compartilhemos o acesso aos relatórios do Registrato com até cinco pessoas de nossa escolha.

Pense em como isso pode facilitar a vida de familiares ou responsáveis por pessoas que não conseguem acompanhar suas finanças sozinhas. Podermos autorizar um filho a acompanhar as finanças dos pais idosos, por exemplo, é um avanço na gestão financeira colaborativa.

Melhor Acompanhamento de Demandas

Outra melhoria significativa é o acompanhamento mais detalhado de pedidos de informação e reclamações registradas no BC. Agora, temos acesso completo a cada demanda, com todas as etapas documentadas e com acesso facilitado aos documentos enviados pelo BC e respostas das instituições financeiras.

Um Portal Inclusivo

É notável o esforço do Meu BC em tornar o portal acessível para todos, incluindo as pessoas com deficiência visual. Isso reflete um compromisso com a inclusão, garantindo que todos tenham acesso igualitário aos serviços financeiros.

Acesso Seguro e Facilitado

É importante mencionar que para acessar essas novidades, você precisará de uma conta gov.br nível prata ou ouro, com verificação em duas etapas habilitada. Se precisar de orientação sobre como obter esse nível de acesso, vale a pena conferir os vídeos do BC te Explica disponíveis no YouTube.

Conclusão? Com essas atualizações, o Meu BC se reafirma como uma poderosa ferramenta para quem, como nós, deseja um controle mais eficiente e seguro da vida financeira. Visite o portal e descubra como ele pode facilitar ainda mais o seu cotidiano financeiro.

Confira https://www.bcb.gov.br/meubc  e explore estas e outras novidades!

O que é um Core Bancário?

Core bancário
Core bancário

Se você está estudando o mercado financeiro ou pensando em lançar sua própria fintech, um termo vai aparecer com bastante frequência: Core Bancário.

E a verdade é que, apesar de parecer técnico, o conceito é simples — e absolutamente essencial para qualquer operação que envolva contas, transações ou produtos financeiros.

Neste artigo, eu vou te explicar com clareza o que é um Core Bancário, qual é o seu papel dentro de uma operação financeira digital e por que ele é tão estratégico para quem quer escalar com segurança.


Entendendo o termo “core”

A palavra “core” em inglês significa “núcleo”. Ou seja, o Core Bancário é o coração tecnológico de um banco digital, fintech ou instituição de pagamento.

É o sistema responsável por manter o controle das contas, saldos, extratos, transações, liquidações, tarifas, juros, CCBs, limites e qualquer lógica que envolva movimentação de dinheiro.

Pensa assim: o app que o cliente usa, o painel de gestão que a equipe opera ou a API que conversa com parceiros são só camadas de interface.

Por trás de tudo isso, é o Core Bancário que garante que os dados estejam organizados, seguros e consistentes.


O que o Core Bancário faz, na prática?

Um bom Core Bancário é responsável por:

  • Criar e gerenciar contas digitais

  • Atualizar saldo disponível e saldo bloqueado após cada transação

  • Emitir comprovantes, relatórios e extratos

  • Controlar regras de liquidação, tarifas e split de pagamento

  • Armazenar informações com rastreabilidade e segurança

  • Gerenciar cobranças via Pix, boleto, cartão, TED ou transferências internas

  • Conectar-se a sistemas regulatórios como SPI, DICT, CIP e parceiros como adquirentes e bancos liquidantes

Ou seja: ele é a engrenagem que ninguém vê, mas que faz tudo funcionar com precisão.


Quem precisa de um Core Bancário?

Toda empresa que quer oferecer:

  • Conta digital

  • Pix em nome do cliente

  • Produtos de crédito (como crediário ou CCB)

  • Emissão de boletos próprios

  • Transferências entre usuários

  • Serviços financeiros com controle de saldo individualizado

Se sua fintech vai além de uma “vitrine digital” e precisa de controle de valores por CPF ou CNPJ, você precisa de um Core Bancário — simples assim.


Core próprio, terceirizado ou white-label?

Esse é um ponto importante.

Você pode:

  1. Construir seu próprio Core — exige equipe sênior, tempo e expertise regulatória

  2. Contratar um Core Bancário pronto, via modelo white-label ou licenciamento

  3. Integrar-se a um Core operado por um parceiro regulado (como um BaaS)

Cada modelo tem vantagens e restrições. O mais importante é entender que o Core precisa estar bem implementado, com capacidade de escalar, adaptar regras de negócio e se integrar com players do mercado financeiro.

O papel da Alphacode no Core Bancário

Aqui na Alphacode, desde 2015, a gente trabalha com tecnologia para o setor financeiro — e foi com base nessa experiência que desenvolvemos o Mosaico Banking, nosso próprio Core Bancário modular.

Ele é usado por fintechs, IPs, plataformas de crédito e bancos digitais que precisam de:

  • Estrutura robusta e flexível

  • Controle total sobre contas, regras e transações

  • Conexões com bancos liquidantes e PSTIs homologados

  • Experiência white-label com identidade visual própria

  • Time de suporte que entende o negócio, não só o código

Além do core, o Mosaico inclui também o painel administrativo, app, APIs, integrações e camadas de segurança compatíveis com os requisitos do Banco Central.

A gente não é banco. A gente entrega a tecnologia que sustenta bancos digitais.


Conclusão

O Core Bancário é a base da sua operação financeira. Ele é invisível para o usuário, mas absolutamente vital para o seu negócio.

Se você quer criar uma fintech, lançar uma vertical financeira ou oferecer serviços bancários com autonomia e escalabilidade, comece escolhendo bem essa estrutura.

E se quiser conversar sobre o seu projeto, entender mais sobre como o Mosaico Banking funciona ou receber uma demonstração, é só me chamar.

A gente pode te ajudar a construir o futuro financeiro da sua empresa — do jeito certo.

O que é uma PSTI no contexto do Banco Central?

No mundo das fintechs e dos serviços financeiros digitais, não basta apenas ter uma boa ideia ou um app funcional. Existe uma camada crítica por trás de toda operação regulada que precisa ser sólida, auditável e em conformidade com as normas do Banco Central. Essa camada é, muitas vezes, operada por uma PSTI — Prestadora de Serviços de Tecnologia da Informação.

Se você está envolvido com a criação de um banco digital, carteira, sistema de crédito ou qualquer outra operação que demande integração com Pix, contas ou liquidação de pagamentos, é essencial entender esse conceito.

Afinal, o que é uma PSTI?

PSTI é a sigla usada pelo Banco Central para classificar empresas que prestam serviços tecnológicos críticos a instituições financeiras ou de pagamento. Isso inclui, por exemplo:

  • Operação técnica do Pix e do SPI

  • Gerenciamento de chaves e comunicação com o DICT

  • Processamento de boletos via CIP

  • Assinatura digital de mensagens financeiras

  • Manutenção de redes, servidores e ambientes regulatórios

A PSTI atua como a “responsável técnica” por manter no ar os sistemas que conectam sua fintech com o restante do sistema financeiro nacional.

O Banco Central exige que toda instituição regulada que terceiriza a operação de seus sistemas essenciais registre essa relação formalmente, reconhecendo o papel da PSTI contratada.

Por que o Banco Central exige isso?

Porque o sistema financeiro não pode correr riscos operacionais sem controle.

Imagine o que aconteceria se uma fintech deixasse de funcionar por falha em servidores, perda de dados ou má gestão da segurança? O impacto não seria só interno, mas poderia afetar a confiança do consumidor no ecossistema como um todo.

Por isso, o Bacen define requisitos mínimos que uma empresa deve atender para ser considerada PSTI:

  • Infraestrutura redundante com alta disponibilidade

  • Política de segurança da informação formalizada

  • Proteção de chaves criptográficas (HSM)

  • Monitoramento contínuo dos serviços

  • Plano de continuidade e recuperação de desastres

  • Aderência técnica aos manuais do SPI, DICT, SPB, RSFN e CIP

Não se trata apenas de “ter um servidor rodando”. Trata-se de garantir estabilidade, segurança e rastreabilidade para movimentações financeiras.

Onde a Alphacode se posiciona nesse cenário?

Na Alphacode, desenvolvemos o Mosaico Banking, uma plataforma de Core Bancário que atende fintechs, bancos digitais e projetos financeiros de alta complexidade.

É importante esclarecer que a Alphacode não atua como PSTI diretamente, ou seja, não é a responsável pela infraestrutura de integração com o Banco Central.

O que fazemos é entregar o núcleo do sistema — o software que controla as contas, movimentações, CCBs, liquidações e integrações do seu banco digital — já pronto para se conectar a uma PSTI homologada.

Ou seja, o Mosaico Banking se integra de forma nativa às principais PSTIs autorizadas pelo Bacen, garantindo que a operação dos nossos clientes esteja em conformidade com os padrões técnicos e operacionais exigidos.

Esse modelo traz o melhor dos dois mundos: a agilidade e a personalização da Alphacode com a robustez e a segurança de parceiros especialistas em infraestrutura regulatória.


Conclusão

Se você está montando uma operação financeira séria, não tem como fugir da responsabilidade técnica — e entender o papel de uma PSTI é parte essencial dessa jornada.

Seja como contratante direto de uma PSTI ou usando uma solução como o Mosaico Banking integrada a parceiros homologados, o ponto é o mesmo: você precisa estar em conformidade com o que o Banco Central exige.

Na Alphacode, trabalhamos todos os dias para que nossos clientes possam crescer com tecnologia de ponta, usabilidade moderna e uma base sólida para operar com segurança.

Se quiser conversar mais sobre isso, tirar dúvidas sobre estrutura regulatória ou entender como montar sua fintech do zero com segurança e escalabilidade, me chama. Vai ser um prazer trocar ideias.

Pix Automático: Um Olhar Mais Próximo no Cenário Empresarial e Pessoal

Se tem uma coisa que não podemos negar é o impacto transformador que o Pix trouxe para o sistema financeiro brasileiro. Desde a sua implementação, ele facilitou as transações e revolucionou a maneira como lidamos com pagamentos. E quando pensamos que o suficiente já havia sido feito, surge o Pix Automático, prometendo ainda mais conveniência e eficiência.

Na LiveBC, que acontece Hoje, Breno Lobo, chefe-adjunto do Departamento de Competição e Estrutura do Mercado Financeiro do BC, vai explorar com mais profundidade esse novo capítulo da evolução do Pix.

O que é o Pix Automático?

Basicamente, o Pix Automático visa permitir que pagamentos recorrentes sejam realizados sem intervenções manuais, otimizando processos que antes dependiam da lembrança ou da ação do usuário no momento de efetuar o pagamento. Imagine poder programar as contas mensais, como a da internet ou o aluguel, para serem pagas automaticamente por meio do Pix. Esse é o potencial que está sendo desenhado.

Impacto nas Empresas

Para as empresas, principalmente aquelas que lidam com um grande volume de transações, o Pix Automático pode ser um divisor de águas. Imagine uma plataforma de assinatura que pode contar com um fluxo de pagamentos contínuo e previsível. Isso não só melhora a experiência do cliente, mas também contribui para a eficiência operacional, reduzindo a necessidade de intervenção manual e diminuindo a chance de erros.

E para as Pessoas?

No lado pessoal, isso significa menos preocupação com datas de vencimento e multas por atraso. A comodidade de saber que suas transações estão sendo realizadas automaticamente pode trazer mais paz de espírito, permitindo que tempo e energia sejam direcionados a atividades mais significativas.

Minha conclusão

Como especialista em tecnologia e inovação, vejo o lançamento do Pix Automático como um passo natural na era dos pagamentos digitais. Ele representa a busca contínua pela otimização e simplificação das nossas interações financeiras, tanto para empresas quanto para consumidores finais.

É mais um exemplo de como a tecnologia está moldando o futuro dos negócios e da vida cotidiana, oferecendo soluções práticas e inovadoras para questões antigas.

No meu contínuo comprometimento em trazer insights que conectem inovação tecnológica com desenvolvimento de negócios, estou animado para ver como essa funcionalidade será adotada no mercado. E claro, deixar você, leitor, sempre informado sobre as novidades que realmente importam.

E então, você está pronto para deixar o Pix Automático transformar seu dia a dia? Aguardo seus comentários e até o próximo post!

Pix Automático: o que muda com essa novidade do Banco Central e como sua empresa pode aproveitar

Pix Automático
Pix Automático

Hoje, o Banco Central anunciou oficialmente o lançamento do Pix Automático, uma funcionalidade que promete mudar de vez a forma como as empresas cobram seus clientes de forma recorrente.

Se você tem um negócio com cobranças periódicas — como mensalidades, assinaturas, parcelas, convênios, clubes de fidelidade ou carnês digitais — essa novidade pode te interessar bastante.

A seguir, vou te explicar de forma prática o que é o Pix Automático, como ele funciona e por que as empresas que aderirem primeiro terão uma grande vantagem competitiva.


✅ O que é o Pix Automático?

É uma nova funcionalidade do sistema Pix que permite realizar cobranças recorrentes com autorização prévia do pagador.

Na prática, é como um débito automático, mas 100% digital, instantâneo e mais acessível.

O cliente autoriza uma vez e os próximos pagamentos são feitos de forma automática, conforme a agenda da cobrança.


🧠 E qual a diferença para o Pix Cobrança?

O Pix Cobrança funciona com envio de QR Code ou link para cada transação.

O Pix Automático vai além: elimina a etapa do “lembrete” ou da “ação manual” do cliente. Ele autoriza uma vez, e pronto.


🚀 Vantagens para empresas

1. Melhora o fluxo de caixa

Recebimento em tempo real, com recorrência garantida.

2. Reduz inadimplência

O cliente não precisa lembrar de pagar. O sistema cuida disso.

3. Elimina intermediários

Sem necessidade de integrações caras com instituições de débito em conta.

4. Mais acessível

Clientes sem cartão de crédito ou conta em grandes bancos também poderão aderir.

5. Ótimo para integrações com BNPL, crediário digital e assinaturas

O Pix Automático será uma excelente solução para fintechs que operam parcelamentos ou cobranças mensais.


📦 Quem pode se beneficiar?

  • Fintechs com modelo de crediário ou assinatura

  • Academias, escolas, clínicas e convênios

  • Clubes de assinatura, SaaS e plataformas digitais

  • Empresas que parcelam boletos ou fazem cobrança recorrente


📲 Como implementar?

O Banco Central prevê que o Pix Automático estará plenamente operacional em outubro de 2024, com testes e certificações acontecendo em etapas.

As empresas que quiserem operar essa funcionalidade precisarão estar integradas a um participante Pix (banco, IP ou fintech) que ofereça suporte a esse recurso.

Se você já tem ou pretende ter um sistema próprio de cobrança ou uma fintech com crediário digital, o Pix Automático pode (e deve) fazer parte do seu roadmap.


✅ Conclusão

O Pix Automático é mais uma prova de que o Brasil segue na vanguarda global dos meios de pagamento.

E quem se movimentar agora, entendendo como essa funcionalidade pode ser usada no seu modelo de negócio, vai sair na frente.

Aqui na Alphacode, já estamos acompanhando de perto essa evolução — e ajudando nossos clientes a se prepararem para incorporar o Pix Automático em suas soluções de cobrança, crediário digital, BNPL e apps de relacionamento.

📲 Quer conversar sobre como aplicar isso na sua operação? Me chama no WhatsApp ou deixe um comentário aqui.

Como a Transparência na Comunicação do Banco Central Influencia a Economia e a Confiança do Mercado

Como a Transparência na Comunicação do Banco Central Influencia a Economia e a Confiança do Mercado

Recentemente, durante a Conferência Anual do Banco Central, uma mensagem forte foi compartilhada pelo professor Michael McMahon, da Universidade de Oxford: a política monetária não se resume a números e gráficos, mas sim à forma como essas informações são comunicadas ao público. Essa visão é uma verdadeira lição para todos nós que atuamos na esfera econômica e tecnológica.

A Importância da Comunicação Efetiva

McMahon destacou que, muitas vezes, os bancos centrais usam uma linguagem técnica que pode não ser acessível ao público geral. Em sua palestra, ele argumentou que a clareza e a transparência na comunicação são essenciais para moldar as expectativas dos agentes econômicos e garantir a eficácia das políticas monetárias. Esses pontos se conectam diretamente com a importância de uma comunicação clara no desenvolvimento de software e nas implantações tecnológicas — áreas em que eu, e a Alphacode, atuamos intensamente.

Dois Públicos, Duas Linguagens

É importante falar a língua do mercado, mas também a língua do cidadão comum. Assim como na tecnologia, onde o jargão técnico pode criar barreiras, a linguagem da política monetária precisa ser simplificada para ser efetiva. Transparência e clareza criam confiança, um paralelo que se aplica tanto à economia quanto ao desenvolvimento de software.

Teoria versus Realidade

Ressaltando um ponto interessante sobre o modelo novo-keynesiano, McMahon afirmou que a teoria muitas vezes pressupõe um entendimento completo da informação pelos agentes econômicos, o que raramente acontece na prática. Isso me lembra a complexidade dos projetos de TI, onde uma boa comunicação pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso de um projeto.

Incerteza e Credibilidade

Para McMahon, admitir incertezas fortalece a credibilidade. Ele exemplificou com cenários recentes de economia global e como a percepção dessas incertezas impacta a confiança do mercado. No mundo de TI, isso se traduz em transparência com os stakeholders sobre os riscos de um projeto, algo que precisamos adotar mais frequentemente.

Comunicação como Ferramenta de Empoderamento

A capacidade do público de entender conceitos complexos, quando adequadamente explicados, foi outro ponto levantado por McMahon. Assemelha-se à missão que temos na Alphacode de tornar a tecnologia acessível e compreensível para nossos clientes, capacitando-os a tomar decisões informadas.

Controlando a Narrativa

Finalizando com a importância do controle da narrativa, McMahon advertiu que se os bancos centrais não comunicarem a mensagem correta, outras narrativas, potencialmente perigosas, ocuparão o espaço. Da mesma forma, na área tecnológica, precisamos ser proativos em nossa comunicação para evitar interpretações errôneas que possam impactar negativamente os projetos.

Em suma, entender as lições de McMahon sobre comunicação e aplicá-las em nosso contexto tecnológico pode não apenas melhorar a confiança dos nossos clientes, mas também fortalecer nossa posição como líderes no setor.

O desenvolvimento de software e a política monetária, por mais diferentes que sejam, compartilham um denominador comum: a importância crucial da comunicação clara e transparente.

Assim como na economia, nossa tarefa é garantir que as mensagens certas cheguem às pessoas certas, de forma que todos possam fazer escolhas bem informadas. Isso, a meu ver, é o verdadeiro poder da comunicação.

O que é uma Conta Bolsão e Como Ela se Relaciona com Contas Gráficas

No universo das fintechs e do Banking as a Service (BaaS), o termo conta bolsão tem ganhado cada vez mais destaque. Mas o que exatamente significa conta bolsão, e como ela se conecta às chamadas contas gráficas? Neste artigo, vamos explicar de forma simples esses conceitos definidos pelo Banco Central, com exemplos práticos de uso em fintechs, e por que é importante entendê-los ao criar ou operar uma fintech. Acompanhe a seguir e descubra como a estrutura de contas bolsão funciona na prática e quais cuidados tomar.

O que é uma Conta Bolsão?

Conta bolsão (às vezes chamada de conta transacional ou conta de liquidação coletiva) é, basicamente, uma conta bancária única utilizada para concentrar os recursos de diversos usuários finais de uma fintech . Essa conta única é aberta em nome de uma empresa (por exemplo, a própria fintech ou uma instituição parceira) e serve para armazenar e transacionar fundos de vários clientes em um só lugar . Em outras palavras, todo o dinheiro depositado pelos clientes de uma fintech pode ficar guardado em uma única conta bancária “mãe” – a conta bolsão – registrada em nome da fintech ou de sua parceira, e não em nome dos clientes individualmente.

Uma analogia simples é imaginar a conta bolsão como um grande cofrinho coletivo. Todos os usuários colocam seu dinheiro nesse mesmo cofrinho, e a fintech mantém um controle interno de quanto de cada quantia pertence a cada pessoa. Para o banco onde essa conta existe, o dinheiro parece ser todo da fintech (afinal, a conta está em nome dela). Assim, quando um cliente da fintech realiza um pagamento, para o banco aparece como se a fintech (titular da conta bolsão) estivesse fazendo o pagamento, e não aquele cliente . A origem real dos recursos não fica diretamente visível para o banco ou para o Banco Central, pois as movimentações são registradas apenas na conta bolsão em nome da fintech .

Resumindo, as principais características de uma conta bolsão são:

  • Titularidade da conta única: a conta está em nome da fintech ou do provedor BaaS, não em nome dos clientes finais.

  • Fundos de múltiplos clientes misturados: o saldo dessa conta reflete a soma do dinheiro de vários usuários.

  • Uso em fintechs e BaaS: é comum em modelos de negócio de fintechs que ainda não têm licença bancária própria, usando a infraestrutura de um parceiro para oferecer contas de pagamento aos clientes finais.

    Contas Gráficas: a ligação entre o usuário e a conta bolsão

    Se a conta bolsão é esse “cofrão” único, então como a fintech sabe quanto dinheiro pertence a cada usuário? A resposta está nas contas gráficas. Uma conta gráfica nada mais é que um registro interno ou virtual que a fintech cria para cada usuário em seu sistema – uma representação digital do saldo do cliente, também chamada de e-wallet ou carteira digital . O usuário enxerga sua conta no aplicativo da fintech como se fosse uma conta bancária normal, com saldo, extrato e movimentações. Porém, tecnicamente, aquele dinheiro não está em uma conta individual no banco em nome do usuário, e sim vinculado à conta bolsão da fintech . Por isso o nome “gráfica”: é uma conta representada graficamente no sistema, mas não registrada individualmente no banco.

    Conforme definição explicada pelo Banco Central, os valores mantidos em contas gráficas não estão vinculados ao titular da conta junto ao Bacen, mas sim a uma conta bolsão da instituição que abriu aquela conta . Dessa forma, a conta gráfica funciona como um espelho do pedaço do cofrinho (conta bolsão) que pertence a cada usuário.

    Vamos ilustrar para ficar mais claro: imagine que você tenha R$100 depositados na sua fintech favorita. No app, sua conta gráfica mostra lá “Saldo: R$100”. Na verdade, aqueles R$100 estão dentro da conta bolsão da fintech, misturados com o dinheiro de outros clientes. A fintech, via software, controla internamente que R$100 daquele montante são seus. Se outro cliente tem R$200, e você R$100, a conta bolsão da fintech no banco totaliza R$300, sendo R$200 reservados ao outro cliente e R$100 a você, de acordo com as contas gráficas de cada um.

    Essa relação significa que as contas gráficas não transacionam dinheiro de verdade de forma independente – quem realmente move o dinheiro é sempre a conta bolsão por trás . Por exemplo, se você faz uma transferência TED pelo aplicativo da fintech, quem de fato envia o dinheiro é a conta bolsão da fintech no banco parceiro . O app apenas orquestra a operação de forma informacional. Isso traz algumas consequências, como veremos a seguir.

    Como funciona na prática em fintechs e no modelo BaaS

    Vamos considerar um exemplo prático de como uma fintech usa conta bolsão e contas gráficas no dia a dia:

    1. Depósito do cliente: Maria, cliente de uma fintech, deposita R$500 na sua conta do aplicativo (pode ser via TED, PIX ou boleto). Esse dinheiro não vai para uma conta em nome da Maria. Ele é creditado na conta bolsão da fintech (por exemplo, uma conta que a fintech ABC tem no Banco XYZ).

    2. Registro interno (conta gráfica): Internamente, a fintech ABC registra em seu sistema que Maria tem R$500 (criando/atualizando o saldo da conta gráfica de Maria em sua base de dados). Quando Maria olha o app, vê lá seu saldo de R$500 disponível.

    3. Pagamento ou transferência: Suponha que Maria queira pagar um boleto de R$100 pelo app da fintech. Ao confirmar, a fintech ABC usa os fundos da conta bolsão para pagar o boleto ao beneficiário. Para o Banco XYZ (onde a conta bolsão está), a transação aparece como “Fintech ABC pagou R$100 para tal beneficiário”. O nome de Maria não aparece nessa transferência – afinal, o débito saiu da conta bolsão (em nome da fintech) . Após o pagamento, a fintech desconta R$100 do saldo gráfico de Maria internamente.

    4. Recebimento ou saque: Se alguém faz um PIX para Maria, esse PIX entra na conta bolsão da fintech ABC no Banco XYZ (como se fosse para a fintech). A fintech então credita o saldo na conta gráfica de Maria. Da mesma forma, se Maria quiser sacar dinheiro ou transferir para outra conta bancária, será a conta bolsão que enviará o dinheiro, e não uma conta individual de Maria.

Esse modelo de operação é comum em fintechs que utilizam BaaS (Banking as a Service). Muitas startups financeiras que não possuem licença bancária própria adotaram essa estratégia para oferecer serviços de conta de pagamento rapidamente: elas fecham parceria com um banco ou instituição de pagamento regulada (o provedor de BaaS) e usam uma conta bolsão para concentrar os recursos, gerenciando as subdivisões via contas gráficas na sua plataforma .

No entanto, existem variações nesse modelo. BaaS com contas individualizadas é uma tendência em crescimento. Atualmente, já é possível que a fintech parceira abra contas de pagamento reais (individualizadas) para cada usuário final dentro da instituição parceira, em vez de usar um único bolsão . Por exemplo, no modelo “Full Bank”, cada cliente final tem uma conta própria (ainda que acessada via app da fintech), mas essa conta já está registrada no banco parceiro em nome do cliente (vinculada ao CPF/CNPJ do usuário) . Nesse caso, não seria uma conta gráfica, pois passa a ser uma conta digital plena, com o usuário oficialmente como titular, dando mais transparência e segurança.

Um risco da conta bolsão é a falta de rastreabilidade individual: como todas as transações saem de uma única conta, torna-se difícil para bancos e autoridades identificar qual cliente final realizou determinada operação . Isso já atraiu atenção do Banco Central e da Polícia Federal. Em 2024, por exemplo, uma operação da PF descobriu que uma quadrilha movimentou R$7,5 bilhões através de fintechs “ilegais” usando contas bolsão para ocultar a origem dos valores . Nesses casos, contas gráficas foram apelidadas de “contas invisíveis” pelo fato de não estarem nominalmente atreladas aos verdadeiros donos do dinheiro . Por isso, há um rigor crescente na fiscalização desse modelo. As instituições que oferecem BaaS têm responsabilidade de implementar controles para identificar cada cliente e transação mesmo dentro da conta bolsão .

Por que é importante entender esse conceito ao construir ou operar uma fintech?

Conhecer a diferença entre contas bolsão e contas gráficas é fundamental para qualquer pessoa que queira lançar ou gerir uma fintech. Eis alguns motivos pelos quais esse conceito merece atenção especial:

  • Transparência e Conformidade Regulatória: Entender como a conta bolsão funciona ajuda a sua fintech a cumprir normas do Banco Central e leis financeiras. Por exemplo, o Banco Central introduziu novas regras em 2023 para o PIX que impedem fintechs que operam apenas com conta bolsão/contas gráficas de iniciarem um PIX diretamente – elas agora precisam usar a infraestrutura de uma instituição licenciada (participante direto do PIX) ou migrar para oferecer contas individuais em nome dos clientes . Ou seja, se sua fintech pretende oferecer PIX ou outros serviços bancários, você precisará estruturar o modelo de acordo com as exigências atuais, possivelmente optando por contas de pagamento individualizadas em vez de apenas contas gráficas. Além disso, desde a Lei 12.865/2013 e regulamentações subsequentes, há obrigações de segregação de recursos de clientes e controles de Conheça seu Cliente (KYC) e prevenção à lavagem de dinheiro (PLD) que se aplicam mesmo quando se usa conta bolsão .

  • Segurança e Confiança do Usuário: Ao operar com uma conta bolsão, a fintech deve garantir aos clientes que o dinheiro deles está seguro e segregado adequadamente. O cliente muitas vezes nem sabe se a conta dele é “gráfica” ou real, mas certamente espera poder movimentar seu dinheiro quando quiser e tê-lo protegido de riscos. Problemas de rastreabilidade ou bloqueios judiciais podem afetar a confiança. Fintechs devem, portanto, adotar mecanismos robustos de controle interno para identificar cada transação individualmente dentro do bolsão e atender prontamente a eventuais solicitações de informações de autoridades. Isso evita que a conta bolsão seja vista como “conta blindada” ou mecanismo de ocultação , algo que prejudicaria a reputação e a legalidade do negócio.

  • Modelo de Negócio e Parcerias: Saber as diferenças ajuda a escolher o modelo certo para sua operação. Se você está começando uma fintech, pode optar por dois caminhos básicos:

    1. Usar BaaS com conta bolsão: mais simples para iniciar, pois você integra a um parceiro que guarda o dinheiro em nome da sua empresa e você gerencia as contas gráficas. Pode ser viável para MVP (Produto Mínimo Viável) ou lançamento inicial, porém exige total confiança e alinhamento com o parceiro para questões de compliance.

    2. Estrutura com contas individualizadas: um pouco mais complexa, mas possivelmente mais sustentável. Aqui, via BaaS ou licença própria, cada cliente tem uma conta de pagamento registrada no parceiro (ou em sua instituição, se você virar um instituição de pagamento). A vantagem é maior clareza nas operações – as transações já levam o CPF/CNPJ do cliente, facilitando rastreamento e reduzindo riscos regulatórios . Muitas plataformas BaaS modernas oferecem essa possibilidade de abertura de contas para usuários finais sob a licença deles, o que elimina a necessidade do bolsão.

  • Preparação para o futuro regulatório: O Banco Central do Brasil está de olho no modelo de conta bolsão e deve trazer novas regras específicas para BaaS e fintechs white-label em breve . Há discussões sobre criar uma figura regulatória que formalize quem administra essas contas (já se falou em “gerenciador de contas”, embora ainda não implementado) . Também é possível que a regulamentação futura exija mais identificação nas estruturas de parceria, diminuindo o uso de contas bolsão tradicionais. Se você entender bem o conceito agora, poderá antecipar ajustes no seu negócio para se adequar às mudanças e evitar surpresas.

Em resumo, compreender o funcionamento de contas bolsão vs. contas gráficas permite que o empreendedor fintech tome decisões informadas sobre a arquitetura financeira do seu produto, garanta conformidade com as normas do Bacen e ofereça a melhor experiência (segura e transparente) aos usuários. Seja colaborando com um banco via BaaS ou buscando sua própria licença, conhecer esses conceitos evita riscos desnecessários e prepara sua empresa para crescer de forma sólida.

Conclusão

A conta bolsão é uma solução engenhosa que permitiu a muitas fintechs inovar e oferecer serviços de pagamento rapidamente, mesmo sem serem bancos. Ela funciona como um grande recipiente único de dinheiro dos clientes, enquanto as contas gráficas cuidam de mostrar a cada usuário a sua fatia desse montante. Vimos que esse modelo traz benefícios de agilidade, mas também desafios de transparência e conformidade. À medida que o ecossistema financeiro evolui, reguladores como o Banco Central têm ajustado as regras para garantir que essas inovações ocorram sem comprometer a segurança financeira.

Se você está construindo ou operando uma fintech, dominar o conceito de conta bolsão e suas implicações é essencial. Isso ajudará na escolha do parceiro BaaS adequado, no desenho da experiência do usuário e no cumprimento das obrigações legais. Em última instância, conhecer bem esses mecanismos significa poder inovar com responsabilidade, protegendo seu negócio e seus clientes.

Ficou com dúvidas ou quer conversar sobre o seu projeto de fintech? Entre em contato com o autor deste artigo – será um prazer trocar ideias, esclarecer questões e ajudar no que for possível. Sinta-se à vontade para me procurar e bater um papo sobre como estruturar a sua fintech da melhor forma!

Entendendo a Iniciativa do Banco Central para a Tokenização de Cartões de Pagamento

Nos últimos anos, os pagamentos digitais se integraram profundamente ao cotidiano dos brasileiros. Com o aumento expressivo no uso de smartphones e carteiras digitais, o Banco Central (BC) decidiu buscar a opinião da sociedade sobre a regulamentação da “tokenização” de cartões de pagamento. Esse movimento é significativo, e quero explicar o que isso significa para o mercado de tecnologia e para aqueles de nós que trabalham com inovação financeira.

O Que é Tokenização?

Antes de mais nada, é importante entender o que é tokenização. Em termos simples, tokenização é a substituição das informações sensíveis do cartão por um token, uma representação única que pode ser usada para processar pagamentos sem expor os dados reais do cartão. Esta tecnologia é crucial para soluções como Apple Pay, Samsung Pay e Google Pay, que oferecem segurança e conveniência para transações financeiras.

Por que o BC está interessado?

O BC está de olho nessa tecnologia devido ao aumento no poder de mercado dos provedores de tokenização. Isso pode resultar em custos mais altos para emissores de cartões e, consequentemente, para consumidores e comerciantes. Com a tomada de subsídios, o BC pretende receber feedback da população e dos especialistas do setor para guiar sua regulamentação futura.

A meta é promover um ecossistema mais eficiente, competitivo e inclusivo. Como mencionou Renato Dias de Brito Gomes, Diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução do BC: “A política pública que inspira essa tomada de subsídios visa aumentar a eficiência e reduzir os custos de aceitação dos instrumentos de pagamentos”.

Oportunidades para o Setor de Tecnologia

Para nós, no setor de desenvolvimento e implantação de soluções tecnológicas, esta iniciativa do BC abre várias oportunidades. Primeiro, a possível regulamentação poderia padronizar o uso de tokens, o que facilitaria a integração e inovação em fintechs e outras empresas que dependem de sistemas de pagamento digitais.

Além disso, a consulta pública é uma excelente oportunidade para empresas como a Alphacode participarem do debate, compartilhando insights e potencialmente moldando o futuro deste mercado em crescimento.

Como Participar?

A consulta pública está aberta até 2 de junho de 2025 e pode ser acessada através do [Participa + Brasil](https://www.gov.br/participamaisbrasil/banco-central-do-brasil) ou diretamente no site do Banco Central.

Encorajo nossos colegas da indústria de tecnologia a se envolverem neste diálogo importante. Afinal, estamos em um momento crucial da digitalização financeira, e nossa voz pode ajudar a moldar um futuro mais inclusivo e inovador para todos.

Para aqueles em busca de insights ou que querem entender melhor meu ponto de vista sobre como essa iniciativa afeta o ambiente tecnológico e financeiro, não hesitem em deixar suas dúvidas ou entrar em contato. Estou sempre por aqui, explorando o que há de novo no mundo da tecnologia.